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Câmara dos Deputados aprova aumento do FPM por unanimidade em segundo turno

Câmara dos Deputados aprova aumento do FPM por unanimidade em segundo turno

Câmara dos Deputados aprova aumento do FPM por unanimidade em segundo turno 150 150 Fecam Portal

A matéria deve ser votada ainda pelo Senado, também em dois turnos. Depois de muito embate entre a base aliada e os partidos de oposição, apenas a arrecadação realizada a partir de 1º de setembro terá o reajuste. A partir de 2008, o aumento abrangerá a arrecadação do ano todo. Os repasses para o fundo recaem sobre a arrecadação do Imposto de Renda e do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).

Movimento Municipalista

O aumento do 1% no FPM é uma luta antiga dos municípios, liderada pela CNM com o apoio das associações estaduais e microrregionais de municípios e também dos 5.562 prefeitos do país. A proposta de aumento de 1% no FPM foi incluída no texto da primeira proposta da reforma tributária do Governo Lula, no final de 2002, pelo Senado Federal. Desde então, a matéria retornou à Câmara dos Deputados, onde esteve até ontem e foi finalmente votada.

Não foram poucas as vezes em que a CNM convocou os prefeitos para virem a Brasília reivindicar a votação desse aumento. Uma mobilização nos gramados do Congresso Nacional,  com cerca de 10 mil pessoas, em setembro de 2002, foi a iniciativa que finalmente conseguiu sensibilizar o Congresso Nacional e o governo para permitir a inclusão desse aumento no texto da reforma tributária.

Ao longo desses cinco anos, a CNM foi muitas vezes questionada pelos prefeitos e líderes municipalistas sobre o aumento do FPM, e o presidente da entidade, Paulo Ziulkoski, sempre insistiu que a CNM lutaria até o fim, até ver aprovada definitivamente a reivindicação.

Agora, os municípios estão a um passo da aprovação definitiva, dependendo do Senado Federal, que não deve atrasar essa votação. O aumento do FPM esteve em todas as pautas de reivindicação da entidade desde 2002. Este ano, na X Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se comprometeu pela terceira vez a apoiar o aumento, e afirmou que havia autorizado sua base a votar no Congresso Nacional. Na Câmara, pelo menos, está acatada sua determinação.

Durante todos esses anos, a CNM convocou, mobilizou, reuniu-se com parlamentares, governo federal e oposição, tentando encontrar um caminho que levasse à aprovação, o que muitas vezes pareceu quase impossível. Para o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, agora é possível reafirmar que o posicionamento político da CNM no Comitê de Articulação Federativa e a cobrança dos 5.562 prefeitos, das entidades estaduais e microrregionais foram decisivos para que a conclusão positiva dessa votação ocorresse na Câmara.

Seguindo o mesmo ritmo, a entidade agendou uma mobilização nacional para o próximo dia 29 de agosto no Senado Federal pela pressionar pela conclusão da votação do FPM, afinal de contas a partir de setembro começa a valer o aumento do FPM, conclui Ziulkoski.

X Marcha

A PEC 58/07 foi enviada pelo governo depois do compromisso assumido pelo presidente Lula na X Marcha de aprovar o repasse maior sem os demais itens da reforma tributária.

Ao longo de 2007, depois da Marcha, semanalmente, a CNM visitou o Congresso Nacional e promoveu forte trabalho junto aos deputados por meio de e-mails, fax, telegramas, comunicados, solicitações de apoio, reuniões com líderes e ofícios protocolados nos gabinetes dos parlamentares, do presidente da Câmara e de líderes partidários, pedindo a votação.

A CNM também  mobilizou permanentemente as entidades estaduais de municípios e todos os prefeitos, pedindo que chamassem seus parlamentares para incluir o FPM na pauta de votações. A mesma solicitação foi feita a cada entrada de líderes partidários em reunião que decidiria o que seria votado.

Para o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, a aprovação do FPM na Câmara é uma grande conquista para os municípios. "Teremos, em dezembro, cerca de R$ 465 milhões para ajudar a fechar as contas no final do ano", diz. "Acredito que, no Senado Federal, a matéria será votada o  mais rápido possível", afirma.

"A ampliação do FPM é sem dúvida uma conquista do movimento municipalista, mesmo não resolvendo todo o problema de caixa dos municípios, ajuda bastante", declara Ziulkoski.

Recursos

De acordo com as estimativas da CNM, em 10 de dezembro deste ano, os municípios receberão cerca de R$ 465 milhões de reais, referentes à arrecadação de setembro, outubro e novembro, para ajudar a fechar as contas no final do ano. A partir do ano que vem os prefeitos poderão considerar o aumento do 1% integral, ou seja, receberão cerca de R$ 1,7 bilhão. O valor será repassado aos municípios sempre em 10 de dezembro.

Tramitação

A PEC 58/07 segue agora para o Senado Federal onde será apreciada pela Comissão de Constituição Justiça e Cidadania (CCJC). Em seguida, a matéria será analisada pelo Plenário em dois turnos. Depois de votada, o presidente do Congresso Nacional convoca uma sessão conjunta para promulgar a emenda constitucional.

"Essa é uma luta de muitos anos dos municípios", diz Ziulkoski. "Esperamos contar com o apoio do Senado para concluir essa votação até o dia 29 de agosto, quando os prefeitos virão a Brasília para uma mobilização nacional ou, sendo muito otimista, para participar da solenidade de promulgação da emenda do aumento do 1% do FPM", conclui Ziulkoski.

CNM com informações da Agência Câmara