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Prefeitos farão mobilização por mudança na distribuição de royalties

Prefeitos farão mobilização por mudança na distribuição de royalties

Prefeitos farão mobilização por mudança na distribuição de royalties 150 150 Fecam Portal

Cerca de 600 prefeitos farão uma mobilização no próximo dia 14 de março para pressionar os deputados a votar o projeto de lei que propõe uma divisão mais igualitária dos royalties do petróleo (PL 2565/11). Hoje, grande parte desses recursos vai para os estados e municípios localizados na região costeira próxima às plataformas marítimas. 

O anúncio foi feito na terça-feira (28), durante visita dos prefeitos ao Congresso Nacional. O presidente da Confederação Nacional dos Municípios, Paulo Ziulkolski, sugeriu que no dia 14, uma quarta-feira, os prefeitos mandem telegramas e faxes para os deputados em vez de e-mails que, segundo ele, são pouco lidos. 

Segundo Ziulkolski, esta é a hora de pressionar, pois o governo também estaria interessado em votar a matéria. "O próprio governo precisa encerrar essa questão", afirmou.

De acordo com o presidente da CNM, a demora em se decidir se a destinação dos recursos será alterada dá uma instabilidade jurídica para as licitações da partilha do pré-sal. "Vamos pressionar para que isso seja votado e entre em vigor imediatamente", acrescentou.

Alguns prefeitos presentes defenderam mobilizações mais radicais pela aprovação da medida. Para o prefeito do município de Santa Fé do Araguaia, em Tocantins, Valtenis Lino, eles deveriam organizar um grande protesto na capital federal.

Urgência
Presente a reunião dos prefeitos, o deputado Alceu Moreira (PMDB-RS), afirmou que entregará ao presidente da Câmara, Marco Maia, um pedido para votação urgente do projeto. Segundo ele, a comissão criada para analisar o assunto estaria atrasando as deliberações. 

Pelos cálculos da confederação, a eventual mudança representará um aumento nos orçamentos municipais para este ano de R$ 4,5 bilhões.

Reclamações
Outro assunto da reunião foi o contingenciamento do Orçamento de 2012, principalmente das emendas parlamentares negociadas com os prefeitos. É o caso das novas emendas populares criadas para municípios com até 50 mil habitantes. 

Os prefeitos também reclamaram que gastam mais que o mínimo constitucional de 15% da receita com saúde, mas que os estados não arcam com os 12% fixados. Eles defendem ainda que a União, que hoje não tem percentual mínimo de investimentos, também deveria ser obrigada a investir ao menos 10% de seu orçamento na área.

Piso da Educação
Durante a reunião, foi debatido ainda o impacto do novo piso nacional dos professores, de R$ 1.451, para os municípios. Segundo Ziulkoski, o novo piso mais as obrigações associadas a ele devem gerar despesas de R$ 7 bilhões para os prefeitos este ano. O reajuste de 22% leva em conta o gasto anual por aluno, definido pelo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).

Para os próximos anos, os prefeitos apoiam o Projeto de Lei 3776/08, que limita os futuros reajustes dos professores à correção da inflação a ser medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Se a regra já estivesse valendo, o aumento para os mestres este ano seria de R$ 71, no lugar dos R$ 264 concedidos.

Íntegra da proposta:

PL-3776/2008
PL-2565/2011

Fonte:
Reportagem: Sílvia Mugnatto e Ginny Morais/ Rádio Câmara 
Edição: Juliano Pires
Agência Câmara de Notícias