• Federacao de Consorcios, Associacoes de Municipios e Municip - Federacao Catarinense

Prefeitos aprovam Carta da XV Marcha por unanimidade

Prefeitos aprovam Carta da XV Marcha por unanimidade

Prefeitos aprovam Carta da XV Marcha por unanimidade 600 376 Fecam Portal

Confira a íntegra da Carta que foi aprovada no último dia da XV Marcha a Brasília.

CARTA DA XV MARCHA A BRASÍLIA EM DEFESA DOS MUNICÍPIOS
Os Municipalistas do Brasil, reunidos na XV Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, realizada entre os dias 15 e 17 de maio de 2012, em Brasília/DF e organizada pela Confederação Nacional de Municípios (CNM), apresentaram ao Governo Federal e ao Congresso Nacional sua preocupação com os seguintes pontos:

1) Restos a pagar: os restos a pagar constituem, pela dimensão que atingiram hoje, um orçamento paralelo da União que não é executado. Os Municípios enfrentam problemas porque os recursos seguem um cronograma de execução político. Dos R$ 24,7 bilhões inscritos em restos a pagar, apenas R$ 2,9 bilhões foram pagos. Dos restos a pagar não processados, R$ 17 bilhões correm o risco de não serem pagos, apesar de incluírem obras já contratadas e, boa parte delas, executadas total ou parcialmente. Assim, os Municípios solicitam a revisão, análise e liberação dos recursos que estão se acumulando no orçamento federal e a readequação que possibilite a execução das atividades previstas nos convênios.

2) Pisos profissionais: O artigo 30 da Constituição Federal estabelece como competência dos municípios a organização e prestação dos serviços públicos e, com isso, os quadros de pessoal e os respectivos vencimentos, que terão de ser definidos por Lei Municipal. O estabelecimento de pisos salariais por meio de Lei Federal como vem sendo proposto pelo Congresso Nacional fere a competência municipal e viola o Pacto Federativo, além de desorganizar o planejamento municipal, impondo aos Municípios e estados o descumprimento dos preceitos da Lei de Responsabilidade Fiscal fazendo com que os prefeitos incorram em condutas tipificadas na Legislação Penal e em improbidade administrativa. Os municípios reivindicam que o Congresso respeite a autonomia dos entes locais e que o Governo Federal vete projetos dessa natureza, salvaguardando a Federação Brasileira

3) Royalties: os Municípios consideram absolutamente legítima a luta por uma distribuição mais equitativa dos royalties do petróleo e veem na proposta aprovada pelo Senado Federal uma construção equilibrada de critérios para repartição dos recursos. Os Municípios querem o cumprimento do acordo que foi celebrado pelos líderes do Congresso Nacional com o Governo Federal em novembro de 2011, que resultou na retirada de pauta do Veto presidencial e na construção do projeto de consenso que foi aprovado no Senado Federal e que ainda não foi votado na Câmara.

4) Reforma tributária: os Municípios apoiam a iniciativa do governo no sentido de promover uma reforma tributária que promova o fim da guerra fiscal e a mudança do regime de repartição do ICMS da origem para o destino, em relação aos Municípios e não apenas para os estados como vem sendo proposta. Em razão disso os municípios requerem a retomada da proposta de desconstitucionalização do critério de partilha da receita de ICMS entre os Municípios baseada no valor adicionado.

5) Endividamento previdenciário: A capacidade fiscal dos Municípios é pressionada em função da dívida com o Regime Geral de Previdência Social. Grande parte desses débitos deveriam ter sido compensados mediante encontro de contas, cumprindo o estabelecido na Súmula Vinculante nº 8, atendendo as regras da compensação, créditos oriundos de ações judiciais e consolidação dos parcelamentos da Lei 11.960/2009, o
que deixou de ocorrer em razão do Veto número 23 que os municípios estão lutando para que seja derrubado. Além disso, os Municípios contam com a articulação do governo para aprovação do Projeto de Lei (PL) no 1.894/2011 que recria a possibilidade do encontro de contas.

6) Procuradores: A Marcha deliberou, por unanimidade, que a CNM promova as medidas judiciais e articulações políticas necessárias para evitar a aprovação da PEC 17/2012 que propõe a criação da carreira dos procuradores municipais.

7) Rio 20: Os Municípios, reunidos no Fórum Rio 20, elaboraram a Carta dos Municípios Brasileiros para a Rio 20, com nove reivindicações que serão apresentadas na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, no dia 22 de junho de 2012. Concluiu-se nas discussões que os Municípios brasileiros são parceiros para a implementação de uma política global, com reflexos locais de desenvolvimento sustentado, socialmente responsável e economicamente viável, acompanhado de autonomia dos gestores locais, descentralização político-administrativa, apoio técnico-científico e recursos financeiros para ações de curto, médio e longo prazo.
Os municípios registram que durante a XV Marcha a Presidenta da República anunciou a destinação de R$ 2,9 bilhões para a renovação do parque de máquinas das prefeituras e de R$ 5,2 bilhões para obras de sanemento básico nos Municípios.

Por fim, em encontro com as bancadas no Congresso Nacional, os Municípios exigiram o comprometimento dos parlamentares com a pauta municipalista, de forma a promover a reconstrução do Pacto Federativo.

Brasília, 17 de maio de 2012.
Paulo Ziulkoski
Presidente da CNM

Posse da diretoria da CNM –
A diretoria eleita para a gestão 2012-2015 da Confederação Nacional de Municípios (CNM) tomou posse na manhã dessa quinta-feira, 17 de maio, durante as últimas atividades da mobilização municipalista nacional. Eleitos no dia 22 de março deste ano, por meio de chapa independente, os integrantes formam a décima quinta diretoria.
Diretoria eleita para gestão 2012-2015 da CNM tomou posse na manhã desta quinta-feira

O presidente Paulo Roberto Ziulkoski, ex-prefeito de Mariana Pimentel (RS), assume mais uma gestão como presidente. Os vice-presidentes são: o prefeito de Terenos (MS), Humberto Rezende Pereira; o prefeito de Siderópolis (SC), Douglas Gleen Warmling; o prefeito de Alvorada d´Oeste (RO), Laerte Gomes; e o prefeito de São Gonçalo do Pará (MG), Ângelo José Roncalli de Freitas. Também fazem parte do Conselho Diretor, o primeiro secretário e prefeito de Manaquiri (AM), Jair Aguiar Souto; e o segundo secretário e prefeito de Picuí (PB), Rubens Germano Costa. Os tesoureiros são os prefeitos de Barracão (PR), Joarez Lima Henrichs e o ex-prefeito de Saldanha Marinho (RS), Glademir Aroldi. A diretoria ainda é composta pelo Conselho Fiscal e o Conselho de Representantes Regionais.

Fonte: CNM