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Prefeitos entregam ao governo federal documento sobre a crise financeira nos municípios

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Prefeitos entregam ao governo federal documento sobre a crise financeira nos municípios

Prefeitos entregam ao governo federal documento sobre a crise financeira nos municípios 600 399 Fecam Portal

Nesta quarta-feira, 10 de outubro, cerca de 1,5 mil gestores municipais lotaram o auditório Petrônio Portela, do Senado Federal, para a Mobilização Municipalista Permanente. Estiveram presentes também, o 2º vice-presidente da Confederação Nacional de Municípios – CNM e presidente da Federação Catarinense de Municípios – FECAM, Douglas Gleen Warmling, prefeito de Siderópolis, e o diretor-executivo da Federação, Alexandre Alves. A crise financeira que boa parte dos prefeitos enfrenta foi o tema da mobilização que contou com a participação de deputados e senadores.

Um documento elaborado pela CNM, a partir dos resultados de estudos que comprovam a crise, foi aprovado e entregue à ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti. No documento, todas as causas da crise foram identificadas. Foi acertada uma nova reunião com a ministra para o dia 13 de novembro. O motivo do desequilíbrio econômico não é apenas a queda da receita, mas principalmente a imposição de novas despesas, revela o estudo.

Crise
As principais razões encontradas para o referido desequilíbrio são:
1. a queda na receita de transferências da União em razão tanto da fraca atividade econômica quanto da política de desoneração do Governo Federal;
2. o enorme volume acumulado de restos a pagar da União devido a Municípios;
3. o impacto financeiro de legislações nacionais como a Lei do Piso do Magistério;
4. os constantes aumentos do Salário Mínimo muito acima da inflação e do crescimento da receita;
5. a omissão das demais esferas no financiamento da Saúde;
6. o sub-financiamento dos programas federais nas áreas de Educação, Saúde e Assistência Social.

O Fundo de Participação dos Municípios – FPM teve reduções significativas a partir do segundo trimestre. Um impacto de R$ 6,9 bilhões. O FPM foi reduzido após isenções fiscais concedidas pelo governo federal do Imposto Sobre Produtos Industrializados – IPI, um dos tributos formadores do FPM. Essa política teve um custo de R$ 1.458 bilhões para os cofres municipais em diminuição de repasses do FPM e de R$ 155 milhões de redução do IPI-exportação, distribuído aos Municípios.

Outros problemas

Além do FPM, as Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico- CIDE também apresentou redução de R$ 595 milhões. Porém, são os Restos a Pagar que pioram a situação do prefeito que não pode deixar contas para a nova gestão.

O estudo da CNM mostra o acúmulo de R$ 18,2 bilhões de Restos a Pagar devidos pela União a Municípios. São obras iniciadas (45,2% dos casos) ou até mesmo finalizadas e com recursos trancados na Caixa Econômica Federal. Esse é um dos apelos feitos à ministra Ideli Salvatti. O valor total do problema é de R$ 8,2 bilhões.

Para tentar fechar as contas, os prefeitos aguardam o 1% do FPM, transferido aos Municípios no primeiro decêndio de dezembro. Para este ano, a CNM estima que o adicional chegue a R$ 2,9 bilhões, um acréscimo de 8% sobre o ano anterior.

Confira o documento apresentado à ministra das Relações Institucionais.

Assessoria de Comunicação FECAM (com informações da CNM). Fotos CNM
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