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Amures presente na mobilização em defesa dos municípios em Florianópolis

Amures presente na mobilização em defesa dos municípios em Florianópolis

Amures presente na mobilização em defesa dos municípios em Florianópolis 600 423 Fecam Portal

A Associação dos Municípios da Região Serrana (Amures) participou na manhã desta sexta-feira, da mobilização estadual "Viva o seu Município", no Plenarinho da Assembleia Legislativa, em Florianópolis. O presidente da associação de municípios, prefeito de Bom Jardim da Serra, Edelvânio Topanoti e o prefeito de Urupema, Amarildo Gaio representaram os demais prefeitos no evento que mobilizou a imprensa catarinense.

O que frisou o presidente da Federação Catarinense de Municípios (Fecam), Hugo Lembeck é que o governo federal vem ao longo dos anos substituindo impostos por contribuições e quem perde são os municípios e governos estaduais. Reivindicam também, que o governo federal aplique no mínimo 10% da arrecadação na saúde, porque hoje, não tem obrigação alguma de investimento com a saúde. Nesse quesito, os prefeitos apontam que 76,6% das ações de saúde pública acabam sendo bancadas pelos municípios.

"Vejam que em 2013 havia R$ 25 bilhões de restos a pagar em empenhos que o governo federal cancelou em beneficio aos municípios. Só das prefeituras de Santa Catarina tinham no período quase R$ 1 bilhão de restos a pagar que ficou no esquecimento. É por isso que lutamos, porque as coisas acontecem é nos municípios", destacou o presidente da Fecam.

O presidente da Amures apontou aos colegas gestores números como a perda causada pela desoneração do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). "Santa Catarina deixou de arrecadar só nesse quesito ano passado R$ 368 milhões devido a desoneração do IPI", declarou Edelvânio Topanoti. E comentou que em seu município esta sexta-feira foi decretado ponto facultativo.

Em Urupema o prefeito Amarildo Gaio dispensou até os alunos da rede municipal. Decretou ponto facultativo e manteve apenas uma equipe na saúde para atender as demandas de urgência e emergência.

A pauta de reivindicações

Aumento de 2% do FPM
As propostas de emenda constitucional que estão tramitando no Congresso (PEC 39/2013 SF e PEC 341/2013 CD) alteram a participação do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) dos atuais 23,5% para 25,5% da arrecadação nacional do IPI e do IR. Isso representaria, em 2014, um aporte de mais de R$ 7,2 bilhões aos cofres municipais, auxiliando, sobretudo, os pequenos e médios Municípios que têm no FPM uma de suas mais importantes fontes de receitas.

Reformulação da Lei Complementar 116/2003 ISS
O projeto idealizado pelo Movimento Municipalista pretende, além de incluir novas atividades econômicas na LC 116/2003, resolver o problema da guerra fiscal no ISS, alterando as operações de leasing, as operações com cartões de crédito e débito e a pacificação do entendimento da tributação das obras de construção civil. Com isso, será possível arrecadar, aproximadamente, R$ 5 bilhões a mais a cada ano e promover uma melhor equidade de receitas entre os Municípios.

Desonerações do IPI somente da parcela do da União
O governo federal pode conceder renúncias de impostos para fomentar a economia. E, nestes últimos anos, uma das principais políticas macroeconômicas foi a de desonerações no Imposto de Produtos Industrializados (IPI). O problema disso é que o IPI compõe o FPM, e a cada desoneração acaba acarretando menos FPM aos Municípios. Por isso, precisamos que somente seja possível ao governo federal desonerar a sua parte do imposto.

Apreciação pelo STF da Lei 12.734/2012 com a redistribuição dos royalties de petróleo e gás
O Movimento Municipalista, conseguiu – após imensa luta junto ao Congresso Nacional – derrubar o veto a Lei 12.738/2012, que redistribui de forma mais justa os royalties de petróleo e gás das plataformas continentais. Esta lei encontra-se sob judicie no STF esperando a manifestação da suprema corte sobre a sua constitucionalidade. As prefeitos estão vigilantes e atentos para que o STF coloque em apreciação esta Lei.

Encontro de contas das dívidas previdenciárias
O encontro de contas das dívidas dos Entes municipais junto à Previdência é fundamental. Ou seja, abater da dívida dos Municípios o que a Previdência deve a eles. Até o momento, a Receita Federal e o Ministério da Previdência Social não concordaram com o pleito proposto pela CNM.

Oneris Lopes
Jornalista (DRT – 4347/SC) – AMURES
Associação dos Municípios da Região Serrana
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