A Associação dos Municípios do Extremo Oeste de Santa Catarina (AMEOSC) em parceria com a Federação de Consórcios, Associações e Municípios de Santa Catarina (FECAM) realizou a Conferência da Defesa Civil na região do Oeste para debater a estiagem. Durante o encontro, entidades municipais e estaduais da Defesa Civil assinaram uma carta de compromisso focada em melhorar os usos da água na região e desenvolver políticas públicas para enfrentar os problemas.
A carta de compromisso está disponível abaixo e pode ser lida na íntegra.
Na abertura, o prefeito de Anchieta e presidente da AMEOSC, Ivan Canci, reforçou que a prevenção deve ser o caminho seguido pela defesa civil para enfrentar os fenômenos. “Essa é a primeira conferência e a partir daqui já é a contagem regressiva para o próximo. A prevenção com certeza é o melhor caminho para minimizar os efeitos”.
Além disso, o prefeito ressaltou a importância da integração das organizações, já que “compartilhando responsabilidades, geramos sinergia e levamos com certeza um resultado para as pessoas da região”.
O presidente do Colegiado Estadual da Defesa Civil da FECAM, Fred Gomes, parabenizou todos os diretores e coordenadores municipais de proteção e defesa civil. Gomes, que é representante de Criciúma, também defendeu o debate da estiagem para o estado como todo já que “no Sul não há esse problema, mas a conferência possibilitou o aprendizado para aplicar nas regiões que podem ser afetadas pela estiagem”.
Estiagem no Sul do Brasil
Durante a conferência a professora de climatologia da Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Marina Sória Castellano apresentou estudos que explicam a estiagem como o atraso dos períodos chuvosos ou ausência de chuvas previstas para uma determinada temporada.
A professora também explica a Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), as áreas anômalas de alta pressão e os bloqueios atmosféricos no inverno como possíveis causas da estiagem na região Sul do Brasil.
Já pela tarde, o coordenador regional da Defesa Civil de Xanxerê, Luciano Peri, analisou a situação da estiagem no Estado. Atualmente 12 municípios estão em situação de atenção. Vale ressaltar que neste verão 42% dos municípios catarinenses decretaram emergência em virtude da seca.
“O poder público precisa planejar ações não somente quando faltar água e além disso entender que a vulnerabilidade climática é uma realidade que afeta a microrregião”, explica Peri em relação às ações para evitar a estiagem.
Durante o encontro estavam representantes das Coordenadorias Regionais de Proteção e Defesa Civil (COREDEC). No Estado são 20 COREDECs que executam a Política Nacional de Proteção e Defesa Civil no âmbito regional.
Ainda na programação, os participantes acompanharam experiências bem sucedidas realizadas para combater a estiagem nos municípios: projeto de “De olho na água” de Bandeirante, “Instalação de Cisternas – Ampliação da capacidade de preservação de água nas propriedades rurais” de Palma Sola, Ação de Resposta ao evento estiagem desenvolvimento uma ação conjunta entre administração municipal Defesa Civil Epagri e Secretaria Municipal de Agricultura em São Bernardino, projeto “Plantando águas”, da região da AMEOSC e o projeto “Água no campo nosso compromisso”.