O Colegiado de Proteção e Defesa Civil, ligado à Federação de Consórcios, Associações e Municípios de Santa Catarina (FECAM) realizou nesta segunda (13) e terça-feira (14), a primeira reunião do ano, na sede da Associação dos Municípios do Extremo Oeste de Santa Catarina (AMEOSC), em São Miguel do Oeste. Durante a reunião também foi escolhida a nova diretoria do órgão.
O presidente, Fred Gomes, da AMREC, e o vice-presidente, Sérgio Elou Bisotto, da AMARP foram reeleitos. José Vazquez, da AMUNESC, foi eleito 1º secretário e Ana Janaina Medeiros de Souza, da AMVE, foi eleita 2ª secretária.
O secretário de Estado da Defesa Civil, Coronel Armando, esteve presente na reunião e apresentou ações e proposições para a sua gestão. Destacou que quer atuar cada vez em parceria com a FECAM e com o Colegiado, reservando uma cadeira no centro de comando de operações da Defesa Civil, com indicação da federação. Enfatizou também que, apesar de problemas com recursos, irá trabalhar para atender às demandas emergenciais dos municípios.
Também se discutiu, durante o evento, a importância da aprovação da Lei de Ajuda Mútua na Câmara de Vereadores em todos os municípios catarinenses. A lei cria uma estrutura de resposta rápida das defesas civis dos municípios para agilizar o atendimento caso seja necessário mobilizar técnicos e máquinas. Um levantamento em 226 municípios catarinenses, mostra que 130 já possuem a lei e que, em 90 deles, a lei ainda não foi aprovada na Câmara.
O Colegiado de Proteção e Defesa Civil da FECAM realizou, no município de Guaraciaba, uma visita técnica na residência de um casal que enfrentou o desastre ocorrido em 2009, no Oeste do estado de Santa Catarina.
Na noite em que se comemorava a independência do Brasil, dia 07 de setembro de 2009, foram devastadas diversas comunidades em Guaraciaba pela passagem do tornado de classificação F3, onde foram registrados ventos entre 253 e 333 km/h, a 15,8 km de distância da cidade polo da região AMEOSC, São Miguel do Oeste.
Com o desastre, famílias perderam casas, plantações e animais que foram levados com o vento. Além disso, diversas pessoas ficaram feridas, e no total foram registradas 4 mortes. Infelizmente, a neta do casal que recebeu o Colegiado foi uma das vítimas do tornado.
O Colegiado de Defesa Civil buscou, após 13 anos do desastre, ouvir relatos dos momentos que antecederam o tornado, durante e após o mesmo, sendo destacadas perguntas como as condições climáticas do dia, a comunicação ou a falta dela, a resposta das entidades governamentais em relação ao ocorrido, qual a situação da energia elétrica/água e como ocorreu o reestabelecimento do que foi destruído.
Foi enfatizado pelo casal a ajuda de voluntários para recuperação do que foi perdido na tragédia, como auxílio para construir uma nova casa, doação de roupas, alimentos e água para consumo humano.