A prefeita de Vargem e presidente da Federação de Consórcios, Associações de Municípios e Municípios de Santa Catarina (FECAM), Milena Lopes, está solicitando ao Governo do Estado a instalação de um gabinete de crise no Alto Vale do Itajaí, região mais atingida pelas chuvas. “A atuação de técnicos do Estado e dos municípios no local dos desastres deverá acelerar a identificação de demandas e as soluções”, defende. Nesta segunda-feira (16), a FECAM enviará uma equipe para o Alto Vale do Itajaí que irá auxiliar os municípios mais atingidos com a documentação necessária para a captação de recursos.
Na tarde da última sexta-feira (13), a presidente esteve reunida de forma online com Alfredo Anselmo Gomes, diretor de Defesa Civil de Criciúma e presidente do Colegiado de Proteção e Defesa Civil dos Municípios de Santa Catarina (DCD/FECAM), e com a assessora técnica da FECAM, Dayna Maressa Pamato, e o coordenador da entidade, Adriano Caldas, avaliando todas as ações já desenvolvidas e as necessidade imediatas.
Além do gabinete de crise da Defesa Civil, a instituição solicita que haja um fluxo de comunicados e alertas de eventos climáticos de forma regionalizada e categorizada. Ou seja, na iminência de ocorrer um evento, que as informações sejam repassadas de acordo com cada região do Estado.
Também sobre a restituição de recursos de pronta resposta, a FECAM alerta que em desastres os municípios acabam dispendendo recursos de forma emergencial, como a aquisição de alimentação, água, itens de higiene e materiais para mitigação dos estragos e serviços de limpeza da cidade. Diante disso, a presidente Milena solicita ao Governo do Estado à restituição desses valores realocados dentro do orçamento municipal, mediante a devida prestação de contas. Esse procedimento auxiliará no reequilíbrio orçamentário da gestão municipal, disse.
A burocracia também precisa ser flexibilizada. Nos encaminhamentos a FECAM pede a revisão dos procedimentos exigidos para ação de resposta pelo Estado nos municípios em eventos adversos nas primeiras horas “No primeiro momento, os gestores não conseguem e não podem elaborar todas as documentações específicas exigidas em detrimento do atendimento aos cidadãos”, destaca.
Diagnóstico da estrutura das Coordenadorias Regionais também é apontada como de extrema importância para que os atendimentos possam ser feitos de modo rápido.
Foto: Marco Favero / SECOM Governo do Estado