Nesta quarta-feira, 4 de dezembro, o Colegiado de Proteção e Defesa Civil da Federação de Consórcios, Associações de Municípios e Municípios de Santa Catarina (Fecam) realizou a última reunião do ano em Taió, um dos municípios mais impactados por desastres naturais nos últimos anos. O encontro marcou o encerramento das atividades de 2024, com um balanço das ações realizadas e a projeção de estratégias para 2025.
“Foi um ano desafiador para a política pública de defesa civil nos municípios catarinenses, e o Colegiado desempenhou um papel fundamental na defesa das pautas municipais perante os poderes”, afirmou José Vázquez, presidente do Colegiado e representante da Defesa Civil de Araquari. Entre os destaques, estiveram as articulações junto ao Legislativo e Executivo estadual, diálogos com o Ministério Público e iniciativas para ampliar os recursos destinados às estruturas municipais de defesa civil.
Na ocasião, os membros do Colegiado também aprovaram o Manual de Transição de Mandato de Gestor de Defesa Civil, documento que visa assegurar a continuidade das políticas de proteção e gestão de riscos nos municípios. Outro avanço foi a apresentação de uma minuta de legislação municipal para regulamentar as atividades dos agentes de defesa civil.
O encontro incluiu uma visita técnica aos locais afetados pela enchente de outubro de 2023, que registrou um aumento de seis vezes no nível do rio em relação ao normal, e à Barragem de Contenção de Cheias de Taió. Dayna Maressa Pamato, supervisora de Políticas Públicas da FECAM, relembrou sua atuação no município durante a enchente:
“Estive em Taió no auge da crise para auxiliar na organização documental e fiquei impressionada com a devastação no centro da cidade. Agora, um ano depois, pude ver a força e resiliência da população catarinense. A conscientização sobre a percepção de risco está mais evidente, e a visita à barragem reforçou a magnitude do que ocorreu”, destacou.
O prefeito de Taió, Horst Alexandre, emocionou os participantes ao compartilhar seu relato sobre os desafios enfrentados pela comunidade durante o desastre.
A FECAM segue comprometida em fortalecer as políticas de proteção e defesa civil, garantindo suporte técnico e institucional aos municípios catarinenses, sobretudo em momentos de crise e reconstrução.