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Acesso geral do setor de serviços ao SuperSimples pode impactar os municípios

Acesso geral do setor de serviços ao SuperSimples pode impactar os municípios

Acesso geral do setor de serviços ao SuperSimples pode impactar os municípios 600 192 Fecam Portal

O Senado Federal aprovou na última semana (16/07) o projeto de lei que amplia o acesso do SuperSimples a todo o setor de serviços. Com o acesso geral, entram também no regime de tributação simplificado para Micro e Pequenas Empresas os serviços relacionados à advocacia, corretagem, medicina, odontologia e psicologia.

A proposta que já passou pela Câmara dos Deputados cria uma nova tabela para serviços, com alíquotas que variam de 16,93% a 22,45%. O Senado manteve também algumas alterações feitas na Câmara em relação ao enquadramento de algumas atividades de serviços.

Por um lado, não há dúvidas de que a entrada de empresas e profissionais do setor de serviços no regime especial do Simples Nacional é uma vitória para a classe empresarial no que tange a diminuição da carga tributária e a desburocratização dos processos, por outro, as mudanças nas alíquotas atinge um dos impostos do pacote simplificado que é o ISS, que representa receita direta aos municípios. "Então, o impacto nos município pode ser uma ameaça à saúde fiscal já que muitas alíquotas do Imposto sobre Serviço de Qualquer Natureza – ISS serão reduzidas, diminuindo o valor da arrecadação deste imposto, os municípios terão que se adaptar à estas mudanças", reforça a consultora tributária da Federação Catarinense de Municípios – FECAM, Karine Gomes.

A consultora reforça ainda a questão da fiscalização sobre as empresas enquadradas no Simples. "Essa fiscalização se dá por meio do sistema fornecido pela União, SEFISC, que é ainda hoje muito complexo e acaba dificultando o trabalho dos fiscais tributários municipais", explica Karine. "Nesse sentido, a FECAM vem fazendo um trabalho contínuo de capacitação destes profissionais, por meio de treinamentos, promovendo Seminários sobre o tema e trabalhando em parceria com o Consórcio de Informática na Gestão Pública Municipal – CIGA, disponibilizando ferramentas de tecnologia que auxiliam a fiscalização das empresas de cada região", finaliza.

A Confederação Nacional de Municípios – CNM também está preocupada com os efeitos negativos nos Municípios. A entidade ressalta que o projeto fere a autonomia dos Municípios ao retirar de sua competência a possibilidade de instituir obrigações acessórias, bem como ao permitir o cancelamento da inscrição do Microempreendedor Individual em débito com o perdão da dívida.

Simples Nacional – Criado em 2007, o Simples Nacional é um regime tributário especial que reúne o pagamento de seis tributos federais, o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) – cobrado por estados e pelo Distrito Federal – e o Imposto Sobre Serviços (ISS) – cobrado pelos municípios. Em vez de pagar uma alíquota para cada tributo, o micro e pequeno empresário recolhe, numa única guia, um percentual sobre o faturamento que é repassado para os três níveis de governo.

Leticia Póvoas – SC 2219 – JP
Assessoria de Comunicação FECAM
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