Um novo sistema criado pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) irá realizar o monitoramente online do programa Bolsa Família. A nova ferramenta, apresentada nesta quinta-feira (20) pelo ministro Patrus Ananias, cruza informações repassadas pelos gestores municipais do programa com dados do Cadastro Único do ministério, facilitando a identificação de inconsistências apontadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) em auditorias, como subdeclaração de renda e beneficiários que foram eleitos para cargos públicos, o que impede a permanência no programa.
O chamado Sistema de Monitoramento de Auditorias do Cadastro Único (Simac) já está funcionando há 20 dias e foi acessado por 357 municípios. No período, 6 mil cadastros apontados como suspeitos pelo TCU foram alterados para esclarecimentos de informações. De acordo com o Patrus, as visitas dos gestores às casas dessas famílias mostraram que dois terços delas viviam conforme o declarado. O restante tinha, na maioria dos casos, problemas de ordem formal, como erros cadastrais, e não material, que configuraria uma tentativa de fraude.As atualizações também servirão para impedir que esses cadastrados fraudulentos do Bolsa Família tenham o benefício bloqueado em novembro ou totalmente cancelado em fevereiro de 2010.
O Bolsa Família atende cerca de 12 milhões de famílias que têm renda de até R$ 140 por mês. De acordo com o ministério, o programa foi responsável pela redução da desigualdade social no Brasil em 20% entre 2004 e 2006. Em Santa Catarina, de acordo com a Secretaria de Estado da Assistência Social, Trabalho e Habitação, são beneficiadas 167.897 famílias, e o valor médio do repasse é de R$ 84,49.
Agência Brasil