Evento reuniu autoridades e especialistas para debater soluções para a infraestrutura viária no estado.
No último dia do Congresso de Municípios, Associações e Consórcios de Santa Catarina (Comac-SC), representantes dos governos estadual e federal se reuniram com lideranças do setor de transporte e logística para discutir a situação e os desafios das rodovias catarinenses. O Comac-SC, maior evento municipalista de Santa Catarina, reuniu mais de 2,5 mil participantes em Balneário Camboriú, incluindo prefeitos, deputados e secretários estaduais e municipais.
Kleber Wan-dall, presidente da Fecam e prefeito de Gaspar, afirmou que o tema é de extrema importância e que não pode deixar de ser debatido. Disse ainda que a presença dos representantes das duas esferas, estadual e federal, contribui para o debate com os prefeitos.
O presidente da Fetrancesc, Dagnor Schneider, que representa as empresas de transporte de carga e logística em Santa Catarina, mencionou um estudo da Confederação Nacional do Transporte (CNT) que afirma que dos dez trechos mais perigosos do Brasil, cinco estão no trecho catarinense da BR-101. O mesmo estudo compara o número de acidentes em rodovias federais em Santa Catarina e no Paraná – são 3,32 acidentes por quilômetro contra 1,84 no estado vizinho.
O secretário de Estado da Infraestrutura e Mobilidade, Jerry Comper, falou sobre o programa Estrada Boa, que está recuperando as rodovias catarinenses, e apresentou alguns dados do andamento das obras. Nos próximos dois anos, o governo do Estado pretende investir aproximadamente R$1,7 bilhão de reais em manutenção nas estradas estaduais. Este valor inclui desde pavimentação e fresagem até drenagem e roçada.
De acordo com Alysson Andrade, superintendente do DNIT em Santa Catarina, o governo federal está batendo as metas de investimento em manutenção nas BRs que estão em território catarinense. Em avaliação recente do índice de condição da manutenção (ICM), 62% das BRs estão em boas condições e 22% estão regulares. Apenas 7% são consideradas péssimas. O índice leva em conta a pavimentação e a conservação das rodovias.