A Federação de Consórcios, Associações e Municípios de Santa Catarina (FECAM) esteve presente no Encontro da Política de Assistência Social na quinta-feira (23) e participou da reinstalação da Frente Catarinense em Defesa do Sistema Único de Assistência Social (SUAS). O ato, realizado no Auditório Antonieta de Barros, contou com a presença de gestores municipais da assistência social de todo o Estado, que também participaram de debates sobre o tema.
Aqui em Santa Catarina, cerca de 750 mil pessoas estão em situação de pobreza e extrema pobreza. Segundo o governo federal, é considerada família vivendo em extrema pobreza aquela com renda per capita de até R$ 89 mensais e a pobreza com renda entre R$ 90 e 178.
Os dados foram apresentados pelo doutor em economia da UNICAMP e pesquisador da Associação de Pesquisadores em Economia Catarinense (APEC), Juliano Giassi Goularti, na mesa ”Caminhos e descaminhos da assistência social do Brasil e em Santa Catarina”. A ex-ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome também participou da mesa.
A reinstalação da Frente Catarinense em Defesa do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) contou com a presença da deputada Luciane Carminatti, coordenadora da Frente Parlamentar do Suas. Ela destacou a importância do fortalecimento das políticas públicas de assistência social, principalmente em função do aumento da pobreza no país.
“Esse ato é um marco importante, de protagonismo desse segmento tão importante”, disse Luciane. “É preciso colocar em prática as políticas de assistência social, fortalecê-las e colocá-las no centro das discussões, principalmente num período pós-pandemia, onde há muitos desafios a serem enfrentados.” A frente foi instalada pela primeira vez em 2011. Desde então, busca fortalecer o Suas nos municípios catarinenses.
Finalizando o encontro estadual, Janice Merigo reforçou as pautas prioritárias da assistência social no Estado, entre elas a garantia de 1% para política da assistência social, a estruturação da secretaria de Estado da assistência social e a regionalização de serviços garantindo 100% de cobertura dos serviços socioassistenciais. “É de extrema importância o fortalecimento do coletivo em defesa do SUAS e a frente catarinense para que as políticas públicas aqui no Estado sejam realizadas”.