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FECAM participa de Encontro Nacional de Desastres, no Rio de Janeiro

FECAM participa de Encontro Nacional de Desastres, no Rio de Janeiro

FECAM participa de Encontro Nacional de Desastres, no Rio de Janeiro 1140 719 Fecam Portal

Nesta semana, a Federação de Consórcios, Associações e Municípios de Santa Catarina (FECAM) participou do III Encontro Nacional de Desastres, em Niterói/RJ. Com o tema “eventos extremos e a sociedade sob a perspectiva das mudanças climáticas”, o evento é promovido pela Associação Brasileira de Recursos Hídricos e é voltado para professores universitários, alunos de mestrado e doutorado e gestores estaduais e municipais de defesa civil.

A coordenadora técnico-administrativa do Colegiado de Defesa Civil da FECAM, Dayna Maressa Pamato, apresentou a metodologia de criação do Colegiado, primeiro e único do país em atividade e enfatizou que seu processo de criação deu-se de maneira orgânica, a partir da necessidade identificada pelos próprios municípios. Também apresentou a sua composição e os resultados obtidos nesses três anos de existência. Pamato afirma que diversas pessoas já se interessaram e fizeram contato para conhecer mais sobre o Colegiado. 

Ana Janaína M. de Souza, superintendente de Defesa Civil do município de Gaspar e 2ª secretária do Colegiado de Defesa Civil da FECAM, também participou do evento e apresentou o estudo da criação de mapas de vulnerabilidade social para o município.

Durante a programação, três municípios próximos ao local do evento, que sofreram recentemente com algum desastre, foram visitados pelos participantes – Angra dos Reis, Nova Friburgo e Petrópolis. A FECAM participou da saída de campo para Angra dos Reis.

A visita começou na comunidade de Monsuaba, localidade onde, em 2022, um deslizamento de terra fez 10 vítimas. Além da vulnerabilidade social do local, as características do solo e das construções residenciais e o alto índice de chuvas, contribuem para que desastres de alto impacto aconteçam no local. Cerca de 38% da população angrense está em área de risco, seja por deslizamento ou por inundações. 

A arrecadação do município é bastante elevada por conta dos royalties do petróleo, no entanto os investimentos em prevenção e mitigação na cidade não são tão visíveis. A cidade teve uma crescente alta no turismo, mas de forma desordenada e desequilibrada. Grandes resorts e mansões foram ocupando os terrenos à beira mar e empurrando os nativos para as encostas. 

A saída de campo também levou os participantes para conhecer o projeto de Bacia Escola, tecnologia social que adota uma bacia ou sistema hidrográfico em busca da sustentabilidade e resiliência a desastres por meio da gestão ambiental participativa integrando ciência cidadã, educação ambiental, agroecologia e hidrologia.Na cidade, a Bacia Escola foi aplicada no bairro Retiro, como forma de desenvolver um Plano de Ação Comunitário a fim de trabalhar sobre os maiores desafios relacionados à água.

Por fim, todos foram para a sede da Secretaria Municipal de Defesa Civil. “Pudemos visualizar a central de monitoramento de riscos e emissão de alertas, conhecer o departamento de engenharia e o setor responsável pela integração comunitária, ou seja, a relação do poder público com a comunidade”, conta Pamato. “Lá, eles também trabalham com Núcleos de Proteção e Defesa Civil nos bairros, realizando palestras e conscientização aos moradores sobre procedimentos e protocolos a serem seguidos em caso de desastres.”

Para ler o artigo apresentado, basta acessar o link dos anais do evento.