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Folha de Pagamento dos Programas Federais e Unificação das Alíquotas de ICMS foram temas do Encontro dos Executivos das Associações de Municípios

Folha de Pagamento dos Programas Federais e Unificação das Alíquotas de ICMS foram temas do Encontro dos Executivos das Associações de Municípios

Folha de Pagamento dos Programas Federais e Unificação das Alíquotas de ICMS foram temas do Encontro dos Executivos das Associações de Municípios 600 400 Fecam Portal

Os problemas na relação desigual entre os recursos de competência dos municípios e as enormes responsabilidades a eles impostas foram os temas debatidos no segundo dia da reunião de executivos das Associações de Municípios, que ocorre entre quinta e sexta-feira (3 e 4), em Tubarão.

O primeiro item da pauta abordou a desoneração dos Programas Federais na Folha de Pagamento das prefeituras. Hoje, os profissionais que atuam nos Programas criados pela União, como o Estratégia de Saúde da Família, por exemplo, ainda que seja um Programa da União, estão inclusos na folha de pagamento da prefeitura.

Sem entrar no mérito de que o repasse que chega aos municípios não cobre 50% do que o Programa onera, a inclusão destes profissionais na folha das prefeituras causa outra dificuldade: o Limite de gastos com pessoal diante da Lei de responsabilidade Fiscal que é de 54% da arrecadação municipal. Sendo que a média de gasto com pessoal das prefeituras catarinenses já está em 48,93%. "Hoje o limite com o pessoal é um problema grave que precisa se ter atenção", coloca o prefeito de Ilhota, Daniel Christian Bosi, que apresentou a questão.

Em nome dos municípios, a FECAM conversará com o Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarina e o Poder Judiciário para tratar do assunto.

Outro tema da pauta foi a Unificação das Alíquotas do ICMS. Para o diretor de Administração Tributária da Secretaria de Estado da Fazenda, Carlos Roberto Molim, é preciso evoluir e fazer mais em relação ao ICMS. "Nós estamos colocando um parafuso a mais em um Frankeinstein", coloca. "Este é um passo necessário, porém ele não resolverá o problema, nós precisamos de uma evolução e que esta evolução chegue até o VA", conclui.

Pelo projeto em tramitação no Congresso, nas transações com a região Sul e Sudeste caberia a Santa Catarina um ICMS de 4% na saída de produtos e 13% na entrada. Até então essa proporção era de 12% na saída e 5% na entrada. Já nas transações do Norte e Nordeste e Centro-oeste será de 4% na saída e 13% na entrada, sendo que até então esse recurso era de 7% na saída e 5% na entrada. "O que motiva é o imposto cobrado na origem quando a mercadoria vai para outro estado", coloca. "Temos uma ação superavitária, nós vendemos mais do que compramos e por isso pendemos a ter perda, por isso precisamos de um fundo que nos garanta a recomposição por um longo período para passarmos por uma adaptação para que esta perda se concretize", explica o diretor.

"Nossa preocupação é que com a lógica do novo ICMS a cota ainda será calculada pela parte do município, que é a produção, e se levará em conta mais o consumo. É um paradoxo que temos que tentar resolver", diz o consultor da Confederação Nacional dos Municípios, Eduardo Stranz. "Estamos acompanhando todo esse movimento, o consenso é muito complicado dentro do CONFAZ, porque são todos os estados, e os municípios ficam a reboque porque detém 25% do ICMS, estamos pedindo uma cadeira para os municípios dentro do CONFAZ", coloca.

Outro assunto em pauta foi a parceria entre a FECAM e a FECOMÉRCIO para a regulamentação das Feiras itinerantes. o coordenador de Desenvolvimento Regional da FECAM, Emerson Souto, apresentou a Cartilha de Orientação sobre a Regulamentação das Feiras Itinerantes no Âmbito Municipal. Elaborada pelas duas entidades e lançada no final de 2014, a cartilha passa informações para que sejam asseguradas as garantias de normas de proteção e defesa do consumidor, a garantia dos interesses econômicos e financeiros dos poderes executivos municipais e a observância das responsabilidades trabalhista, tributária e fiscal. A cartilha impressa foi entregue aos secretários e uma versão on-line também está disponível no site da FECAM.