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IBGE divulga pesquisa sobre o PIB dos municípios

IBGE divulga pesquisa sobre o PIB dos municípios

IBGE divulga pesquisa sobre o PIB dos municípios 150 150 Fecam Portal

O IBGE divulgou hoje, 3, pela primeira vez o PIB dos 5.560 municípios existentes em 2002, quando o PIB brasileiro era de R$ 1,3 trilhão, e revela que nove municípios respondiam por um quarto dessa renda.  Em relação ao PIB per capita, o setor petrolífero foi o principal responsável pela elevação dos municípios aos primeiros lugares. Na agricultura, os sete primeiros municípios são produtores de laranja, mas Petrolina, em Pernambuco, vem logo a seguir e sua principal riqueza vem da produção de goiaba, manga e uva, em função da fruticultura irrigada. Na indústria, novamente a participação da indústria petroquímica, responsável pela inclusão de municípios fluminenses, como Campos, Macaé e Duque de Caxias entre os nove primeiros.


Já o setor Serviços está concentrado principalmente nas capitais; apenas duas delas, São Paulo e Rio de Janeiro, concentram mais de 20% do total de serviços no País. O cálculo do PIB dos municípios foi realizado integralmente pelos organismos estaduais, exceto no caso de Tocantins, cabendo ao IBGE coordenar as discussões metodológicas, treinar as equipes técnicas e acompanhar os trabalhos. A metodologia completa está à disposição no portal do IBGE na internet (www.ibge.gov.br).


Em 2002, metade do PIB (Produto Interno Bruto) nacional estava concentrado em apenas 1,3% dos municípios brasileiros (70 de um total considerado de 5.560), onde morava um terço (33,3%) da população. Nove municípios sozinhos _seis deles localizados na região Sudeste_ respondiam naquele ano por um quarto (25%) de todos os bens e serviços produzidos no país. Nelas viviam somente 15,2% dos brasileiros.


No outro extremo, o mesmo percentual de 25% da produção ficava a cargo de um contingente de quase 93% das cidades existentes (5.153 municípios, em números absolutos), que reuniam 43,3% da população. E das 50 cidades com menor PIB em 2002, 48 (96%) eram das regiões Norte (mais precisamente no estado de Tocantins) e Nordeste (nos estados do Piauí e Paraíba).


A concentração na produção e as desigualdades regionais estão retratadas nos resultados do projeto PIB dos Municípios, desenvolvido desde o ano 2000 pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), em parceria com os órgãos estaduais de estatística, secretarias estaduais de governo e a Suframa (Superintendência da Zona Franca de Manaus).


A série histórica mostra que a realidade de 2002 era bem parecida com a verificada nos anos anteriores (1999, 2000 e 2001), mas a pesquisa mais recente revelou algumas mudanças.


No ranking dos municípios que representam 25% do PIB, por exemplo, as principais alterações foram a inversão de posições entre Manaus e Belo Horizonte, a saída de Porto Alegre e a inclusão, na lista, de três municípios que não são capitais: Duque de Caxias (RJ), Guarulhos (SP) e São José dos Campos (SP).


Região Sul tem produção menos concentrada


Na comparação regional entre as cidades de maior e de menor PIB, a concentração da produção mais uma vez se evidencia, sobretudo no Sudeste, onde os 10% de municípios com maior Produto Interno Bruto geraram, em 2002, quase 30 vezes mais riqueza do que os 50% de municípios com menor PIB. No Norte do país, a relação entre os extremos foi de 14,7 para 1; no Nordeste, de 11,9 para 1; de 14 para 1 no Centro-Oeste; e de 9,2 para 1 na região Sul, que apresenta a menor disparidade. A série de 1999 a 2002 mostra uma certa estabilidade nesse indicador. Quando se retira a cidade de São Paulo, a desigualdade diminui da região Sudeste, indo a 23 para 1 em 2002. Isso mostra a concentração de PIB na capital paulista.


Na maior parte dos estados brasileiros, os cinco municípios com maior PIB representam, juntos, mais da metade do PIB estadual. A concentração é maior nos estados do Nordeste, onde apenas a Bahia é uma exceção. É muito alta também na Região Norte, exceto no Pará e Tocantins, e menor no Sul e no Centro-Oeste, onde os percentuais somados dos cinco maiores PIBs municipais não atingem 50% da produção de nenhum estado. No Sudeste, a concentração é mais visível no Rio de Janeiro e Espírito Santo, onde os cinco maiores PIBs municipais somam mais de 60% do PIB estadual.


Entre as capitais, São Paulo (SP) é a primeira na contribuição para o PIB nacional (10,41%), enquanto Palmas (TO) fica em último lugar (0,05%). Em relação à contribuição das capitais para o PIB do Estado, Florianópolis é a única que não ocupa a primeira posição. Em Santa Catarina, o maior PIB municipal é o de Joinville (R$ 5,3 bilhões). O PIB dos estados e as participações relativas e acumuladas dos cinco maiores PIBs municipais também foram analisadas. A pesquisa completa está disponível no site www.ibge.gov.br


Fonte: IBGE


Estudo do IBGE e CNM sobre o PIB dos municípios se complementam