"Quando acontece um desastre desses que destrói casas, pontes, estradas, por exemplo, o Município vai lá e as reconstrói. Depois aquele recurso que a prefeitura usou para fazer as obras não é restituído pelo Governo". De acordo com prefeito, o dinheiro para a restauração dos estragos da enchente está empenhado desde 2009.
Sperandio afirma que há muita burocracia para liberação de recursos para o reparo e prevenção dos desastres naturais. "Nós fizemos um projeto para desassorear o rio Sai-mirin obedecendo todos os critérios exigidos. O projeto foi entregue à Defesa Civil e até hoje não houve resposta. Então quando ocorrem as enchentes dizem que não houve prevenção e culpam os prefeitos. A Defesa Civil deveria ser mais ágil" sugere o prefeito.
Itapoá
Município jovem com 22 anos, tem menos de 15 mil habitantes e uma extensão de 32 km de praia. No período de verão, Itapoá recebe mais de 250 mil veranistas. Apesar de ser uma cidade turística, o Município também sofre com a escassez de recursos financeiros.
"Com os milhares de turistas que visitam a cidade, aumentam-se os gastos com limpeza urbana e com Saúde, por exemplo. È uma época em que os hospitais recebem mais pacientes e quem paga a conta é prefeitura. O orçamento de um ano inteiro do Município, é gasto em praticamente quatro meses", afirma Sperandio.
A sugestão do prefeito para solucionar o problema seria uma compensação financeira do Estado e da União. Atualmente, o Município tem 600 servidores, cinco Postos de Saúde da Família (PSF) e um pronto atendimento 24 horas para conseguir atender a demanda dos turistas. "Em alguns Municípios com o mesmo porte do nosso, são apenas 150 servidores e dois PSF. Por isso precisamos da compensação", conclui o prefeito.
Fonte: Agência CNM