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Legislação administrativa emperra trabalho dos prefeitos, diz especialista que fará conferência de abertura no XII Congresso Catarinense de Municípios

Legislação administrativa emperra trabalho dos prefeitos, diz especialista que fará conferência de abertura no XII Congresso Catarinense de Municípios

Legislação administrativa emperra trabalho dos prefeitos, diz especialista que fará conferência de abertura no XII Congresso Catarinense de Municípios 399 600 Fecam Portal

"Temos hoje um direito administrativo que está prejudicando a gestão dos prefeitos nos seus municípios". A afirmação é do presidente da Sociedade Brasileira de Direito Público, Carlos Ari Sundfeld, ao destacar que o grande problema para os gestores é suportar o peso das exigências legais, que ampliam a burocracia, oneram as administrações municipais e dificultam o desenvolvimento. Cita como exemplo a obrigatoriedade do concurso público para grande parte das contratações. "O concurso público é muito longo, demorado, oneroso para o município e gera muitos conflitos, que terminam em ações judiciais", diz.

Sundfeld, que é doutor em Direito Administrativo pela PUC de São Paulo e ex-procurador do Estado de São Paulo, realizará a Conferência Magna de abertura "Direito Administrativo e Desenvolvimento", do XII Congresso Catarinense de Municípios, marcada para as 14h do dia 11 de fevereiro, no CentroSul (Centro de Convenções), em Florianópolis. Ele explica que o direito administrativo é um conjunto de normas que regula a administração pública, regidas pela legalidade, e que têm por princípio a defesa do interesse público. "Essas normas foram construídas para impor a administração pública valores importantes, como a transparência, ética, concorrência pelos contratos. Porém, muitas delas, apesar de cheias de boas intenções, são confusas, apresentam problemas de interpretação, são leis que não se cumprem", afirma o especialista.

Sundfeld diz ainda que são dúvidas sobre o que a lei exige que estão gerando riscos aos administradores públicos municipais. Na visão dele existem hoje muitos órgãos de controle, o que emperra o trabalho dos gestores. "Os meios acabam, na legislação administrativa, sendo mais importante que os fins, isto é, que a execução das políticas públicas, ou seja, a prestação de serviços da saúde, educação, assistência social, entre tantos outros. E isso acarreta em prejuízos, na questão da eficiência, da economia de recursos, afetando o desenvolvimento".

Para o presidente da Sociedade Brasileira de Direito Público, os prefeitos, através das entidades municipalistas, precisam capitanear uma proposta de reforma da legislação administrativa para equilibrar melhor os valores públicos e eliminar a burocracia. Carlos Ari Sundfeld destaca que existem vários projetos que tratam da revisão geral na legislação administrativa sobre gestão pública tramitando no Congresso Nacional, inclusive uma de sua autoria, conhecida como a Lei Orgânica da Administração.


"Os prefeitos não estão se fazendo ouvir, precisam se articular. A União cuida dos seus interesses e os prefeitos estão ficando com o osso", finaliza.

XII Congresso Catarinense de Municípios

Considerado o maior evento de integração dos municípios de Santa Catarina, o XII Congresso Catarinense acontece entre os dias 11 a 13 de fevereiro, em Florianópolis, e vai reunir prefeitos, vice-prefeitos, vereadores, secretários, dirigentes, assessores e técnicos municipais, assim como, representantes dos governos federal, estadual, organizações não-governamentais, de instituições públicas, da iniciativa privada e fornecedores de produtos e serviços aos municípios.

Na oportunidade, serão debatidos temas de interesse comum dos municípios, apresentados os modelos bem sucedidos de gestão municipal e todos os mecanismos importantes que se referem ao desenvolvimento local e regional. Temas como arrecadação municipal, práticas exitosas, consórcios públicos, financiamento e planejamento urbano fazem parte da programação do XII Congresso.

O objetivo é atualizar o conhecimento da legislação vigente e respectivas mudanças, inclusive sobre novos modelos de gestão, analisar e discutir as ferramentas à disposição, de apoio técnico, inovação e boas práticas; apresentar oportunidades de ações conjuntas com os governos federal, estadual e sociedade civil organizada; e trocar experiências bem sucedidas.

Jornalista Sandra Domit – MTB 6290
Assessora de Comunicação
Federação Catarinense de Municípios – FECAM
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