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Novo estudo da CNM mostra impacto do salário mínimo na folha de servidores das prefeituras

Novo estudo da CNM mostra impacto do salário mínimo na folha de servidores das prefeituras

Novo estudo da CNM mostra impacto do salário mínimo na folha de servidores das prefeituras 600 356 Fecam Portal

A Confederação Nacional de Municípios (CNM), estimou os impactos nas folhas de pagamento dos Municípios, a partir das diferentes propostas em debate para o reajuste do salário mínimo em 2011. O presidente da CNM, Paulo Ziulkoski afirma que uma das conclusões é de que a cada R$ 1,00 de aumento as prefeituras brasileiras terão um impacto na folha salarial de R$ 38 milhões.

O estudo será apresentado na tarde desta terça-feira, 15, na Comissão Geral convocada pela Câmara que discutirá a política de reajuste do mínimo para 2011, com o Ministro da Fazenda, representantes da Confederação Nacional da Indústria (CNI), CNM e das centrais sindicais.

A simulação parte do valor de R$ 545,00 para o mínimo que representará, com encargos, um impacto mensal na folha de R$ 99 milhões e, anual, de R$ 1,328 bilhão. Confira a tabela (1) com os diversos valores em discussão.

Se de um lado a Constituição Federal determina que é de direito de todos os trabalhadores receberem o salário mínimo determinado pelo governo, de outro lado a Lei de Responsabilidade Fiscal, em seu art. 20, inciso III, limita os gastos com pessoal e seus encargos até o limite de 60% da sua Receita Corrente Líquida (RCL).

Ziulkoski esclarece que para medir os efeitos que os diferentes aumentos do salário mínimo teriam sobre o descumprimento da LRF por parte dos Municípios, a CNM utilizou os balanços municipais de 2009 publicados na base Finanças do Brasil (Fimbra)/Secretaria do Tesouro Nacional (STN).

De acordo com as estimativas, o porcentual de Municípios que compromete 60% ou mais de sua RCL com despesas de pessoal aumentaria de 8,7% (dado de 2009) para 11,7%, em razão de um reajuste do salário mínimo para R$ 545. "Além disso, o porcentual de municípios que gasta entre 55% e 60% da RCL, a chamada faixa prudencial, pularia de 16,6% (dado de 2009) para 19,5%, ou seja, ao todo 6% das prefeituras serão atingidas de forma a ultrapassar o limite máximo ou limite prudencial da lei fiscal com o aumento de R$ 35", destaca.

O presidente da CNM informa ainda que o efeito de aumentos maiores no salário mínimo e o conseqüente descumprimento da LRF também foram estimados. Os resultados são apresentados na tabela 2. "No caso da maior proposta, mínimo de R$ 600, aproximadamente 15% dos Municípios brasileiros passariam a descumprir o teto máximo (10,8%) ou entrariam faixa prudencial (4,1%)", antecipa.

Pelo estudo da CNM, o total de Municípios que passaria a descumprir a LRF em razão do reajuste do mínimo para R$ 545 passaria dos atuais 480 para 650 e, com mínimo de R$ 600,00, 1.078 descumpririam a lei.

Fonte: CNM