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Orçamento de 2012 terá emenda popular de municípios com até 50 mil habitantes

Orçamento de 2012 terá emenda popular de municípios com até 50 mil habitantes

Orçamento de 2012 terá emenda popular de municípios com até 50 mil habitantes 150 150 Fecam Portal

O relator-geral do Orçamento, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), anunciou nesta quinta-feira a criação de um novo tipo de emenda que pode ser apresentada ao Orçamento da União: a emenda de iniciativa popular. Pela proposta, os municípios com até 50 mil habitantes poderão apresentar diretamente ao orçamento, em valores que variam de R$ 300 mil a R$ 600 mil. Mas a obra ou área a receber o dinheiro terá que ser escolhida em audiência pública, a ser promovida pela Prefeitura e Câmara de Vereadores. O custo da novidade será de R$ 2,2 bilhões nas contas de 2012. A medida valerá justamente para um ano de eleições municipais, mas Chinaglia negou uso eleitoral da proposta, argumentando que as ações serão decididas em audiências públicas e não apenas pelo prefeito.

A medida, segundo Chinaglia, vai beneficiar 4.953 cidades que têm até 50 mil habitantes. Cada cidade poderá apresentar uma emenda e terá o prazo até 23 de novembro para isso. As emendas serão de R$ 300 mil para cidades com até 5 mil habitantes; de R$ 400 mil para cidades acima disso e até dez mil habitantes; de R$ 500 mil para cidades acima disso e até 20 mil habitantes; e de R$ 600 mil para cidades acima disso e até 50 mil habitantes.

A emenda será diretamente apresentada à Comissão Mista de Orçamento, pulando o caminho de deputados e senadores. Mas só nesses pequenos valores. A maioria dos pedidos paroquiais ainda precisará passar pelo crivo de deputados e senadores, que são os autores das emendas ao Orçamento.

– Se vai para todas as administrações, você não vai distinguir quem está alinhado ou não com o governo federal. Se ele for do meu partido, vocês acham que R$ 300 mil, R$ 400 mil vão mudar a situação (eleitoral) dele? Será uma mudança de cultura. Com a iniciativa popular, o foco é a fiscalização por parte da população – disse Chinaglia.

Além de criar emendas nesse valor, Chinaglia ainda manteve a cota de emendas individuais de deputados e senadores em R$ 13 milhões – mesmo valor de 2011 – o que dá um custo de R$ 7,72 bilhões no Orçamento. Além disso, aumentou a verba dos relatores temáticos do Orçamento, que terão R$ 6 bilhões.

Chinaglia, dentro da receita extra de R$ 26,1 bilhões encontrada pela CMO, terá ainda uma gordura de quase R$ 12 bilhões para atender a demandas, como compensação por perdas com a Lei Kandir; aumento de aposentados; e aumento do Judiciário. Mas avisa que o "cobertor é curto". As demandas são de, no mínimo, R$ 15 bilhões, mas podem chegar a R$ 30 bilhões.

Fonte: O Globo