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PEC em tramitação na Câmara pode elevar índice de repasses aos municípios

PEC em tramitação na Câmara pode elevar índice de repasses aos municípios

PEC em tramitação na Câmara pode elevar índice de repasses aos municípios 150 150 Fecam Portal

A Proposta de Emenda Constitucional (PEC) nº 406/09, que tramita na Câmara de Deputados, estipula valor mínimo anual de recursos para o FPM e aumenta a parcela municipal na distribuição dos recursos arrecadados advindos de tributações federais e estaduais.

Outro ponto da proposta é a criação de um dispositivo para evitar reduções do FPM. O valor mínimo anual de recursos para o Fundo seria estabelecido com base na média dos repasses efetuados pela União nos cinco anos anteriores.

No caso do ICMS, que é um imposto estadual, a PEC estabelece que a parcela destinada aos municípios aumente de 25% para 30% do total arrecadado. Em relação ao IPI, tributo cobrado pelo governo federal, o índice da arrecadação que deve ser repassada aos estados e municípios é alterado de 48% para 50%.

Reivindicação recorrente entre os prefeitos brasileiros, a redistribuição tributária é item fundamental para garantir às prefeituras mais independência em relação aos auxílios do governo federal e do Congresso.  Como explica o presidente da FECAM e prefeito de Palhoça, Ronério Heiderscheidt, é um desejo coletivo progredir e proporcionar melhorias aos cidadãos mas, para tanto, é preciso que os repasses estejam de acordo com as responsabilidades. "O município é o ente que mais precisa investir na qualidade de vida do cidadão, e mesmo assim recebe somente 15% do bolo tributário, enquanto que os estados recebem 25%, e a União, 60%."

Inovação

A PEC introduz normas tributárias constitucionais em favor da descentralização de recursos. De acordo com a matéria, 23,5% da arrecadação das contribuições sociais sobre receita, faturamento e lucro – que são as receitas do PIS/COFINS e da Contribuição sobre o Lucro Líquido (CSLL) – será distribuída para os municípios e para o Distrito Federal, a ser investida em ações e serviços públicos de saúde.

Atualmente, não há rateio realizado pela União entre os demais entes federativos das receitas do PIS/COFINS e da CSLL, responsáveis por uma parcela do aumento da arrecadação federal nos últimos anos. De acordo com o autor do projeto, deputado Alfredo Kaefer, essa mudança geraria uma receita adicional de R$ 50 bilhões para os municípios e o DF.

A PEC será analisada pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. Se aprovada, seguirá para votação em uma comissão especial e, na sequência, encaminhada ao Plenário para votação em dois turnos.

Para conferir a íntegra da proposta, clique aqui.

Com informações da Agência Câmara