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Plano Estadual de Recursos Hídricos apontará caminhos para reverter situação da água em Santa Catarina

Plano Estadual de Recursos Hídricos apontará caminhos para reverter situação da água em Santa Catarina

Plano Estadual de Recursos Hídricos apontará caminhos para reverter situação da água em Santa Catarina 150 150 Fecam Portal

O Secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável, Jean Kuhlmann, apresentou à imprensa, no dia 16/10, em Florianópolis, o resultado de um diagnóstico dos recursos hídricos catarinenses, elaborado para a construção do Plano Estadual de Recursos Hídricos (PERH/SC). "Pela primeira vez, Santa Catarina, através do PERH/SC, está desenvolvendo uma ação geral, em todo o Estado, para a preservação dos recursos hídricos, e reversão do quadro atual, que já apresenta problemas com a qualidade da água", afirmou o secretário.

Conforme o diagnóstico, no que se refere à qualidade das águas dos rios catarinenses, a situação é preocupante, pois mesmo em anos considerados normais, várias regiões do Estado apresentam cursos de água com a qualidade comprometida, principalmente no Sul e no Oeste.

Região Sul
Na bacia do rio Tubarão, a baixa qualidade da água é conseqüência da mineração de carvão; do lançamento de dejetos oriundos da suinocultura e do lançamento de esgotos domésticos sem tratamento.

Região Oeste
A região Oeste do Estado, que engloba as bacias dos rios do Peixe, Irani, Chapecó, Antas e Peperi-Guaçu, apresenta a situação mais crítica, em termos de qualidade da água. Nestas bacias, o lançamento de esgotos domésticos, sem tratamento e os dejetos oriundos da criação de suínos são os principais responsáveis pela baixa qualidade das águas dos rios e arroios.

Água
Referente à possibilidade de falta de água, segundo os dados apresentados, ao comparar a quantidade de água disponível nos rios e os volumes de água que atualmente são retirados para os diversos usos (abastecimento humano, irrigação, indústria e dessedentação animal) ainda há uma situação de relativo conforto na maior parte do Estado, em anos em que as chuvas ocorrem dentro da normalidade. Apenas na região Sul do Estado, na bacia do rio Araranguá e do rio Tubarão existe escassez de água devido ao intenso uso para irrigação nos meses de setembro a janeiro. "Nestas áreas já existem conflitos de uso da água, mesmo em anos considerados normais em termos de precipitação. Da mesma forma, esse problema ocorre na bacia do rio Camboriú na alta estação, devido ao aumento da população", explicou Kuhlmann.

"Em termos médios, a disponibilidade de água do Estado, em todas as bacias hidrográficas, é suficiente para atender aos atuais usos. No entanto, são freqüentes os períodos em que a disponibilidade de água existente nos mananciais se mostra insuficiente para atender, com um razoável nível de garantia, os vários usos da água. Tais situações, decorrentes de variações meteorológicas, se mostram de forma mais intensa nos períodos de verão, gerando prejuízos sociais e econômicos", destacou.

Encontros preparatórios
O diagnóstico representa uma das etapas do PERH/SC e será apresentado para a sociedade, a partir da próxima terça-feira (23/10), em uma série de encontros preparatórios que serão realizados nas dez regiões hidrográficas do Estado. "O objetivo é que a sociedade conheça o diagnóstico de sua região; valide essas informações numa discussão conjunta com o governo; e ajude na construção de propostas e estratégias para reverter o atual quadro hídrico catarinense, expondo o que ela deseja para o futuro de suas águas", disse o secretário.

O objetivo principal do PERH/SC, que está sendo construído pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável, através da empresa Magna Engenharia Ltda, com recursos do Fundo Nacional do Meio Ambiente, é dotar Santa Catarina de um planejamento estratégico de curto, médio e longo prazos, para o uso, conservação e controle das águas do Estado.

Fonte:Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável