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Prefeitos com a corda no pescoço

Prefeitos com a corda no pescoço

Prefeitos com a corda no pescoço 280 172 Fecam Portal

A paciência dos prefeitos chegou a um limite. Para demonstrar o descontentamento com a falta de vontade de uma parte da Câmara dos Deputados que se nega a votar os projetos de interesse dos municípios, os prefeitos resolveram protestar de maneira inusitada: sentaram-se em frente à uma das entradas do Plenário da Câmara com uma corda no pescoço, para simbolizar a maneira como as prefeituras encerrarão o ano.


Estamos chegando ao final de mais um ano sem que tenha sido votado o aumento em um ponto percentual no FPM. Além disso, querem votar o Fundeb, que trará prejuízos a mais de 2,4 mil municípios. Como se não bastasse, falam em aumentar o salário mínimo para R$ 350, o que pode ocasionar sérios problemas para muitas prefeituras, principalmente do nordeste. É preciso ter responsabilidade numa hora dessas”, protestou o presidente da Confederação Nacional de Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski.


O protesto teve a participação de mais de 400 prefeitos de vários pontos do país. Ziulkoski destaca que foi um movimento ordeiro, que teve como objetivo chamar a atenção dos deputados para a situação difícil pelas quais os municípios estão passando. Nesta quarta-feira, 14, a mobilização prossegue a partir das 9h30 no Auditório Petrônio Portela, no Senado.


Não houve promessa clara de nenhum deputado sobre a votação da Reforma Tributária, mas o líder do PT na Câmara disse aos prefeitos que está negociando junto ao governo para encontrar uma solução para a situação. O Fundeb, que estava na pauta de ontem, foi retirado mas deve ser colocado em pauta novamente hoje.


Os prefeitos devem entregar nesta quarta-feira um documento à Comissão de Orçamento pedindo a criação de um fundo para compensar as dificuldades que os municípios terão para honrar a folha de pagamento com o novo valor do salário mínimo. “Se a comissão encontrou uma maneira para a União poder pagar, por que não pode encontrar um jeito para auxiliar as prefeituras”, questiona Ziulkoski.


Fonte: Agência CNM