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Rivaldo Macari renuncia prefeitura e presidência da AMURES

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Rivaldo Macari renuncia prefeitura e presidência da AMURES

Rivaldo Macari renuncia prefeitura e presidência da AMURES 600 454 Fecam Portal

Complicações de saúde levaram Rivaldo Antônio Macari a renunciar na manhã desta quarta-feira (31) ao mandato de prefeito de Bom Jardim da Serra e por consequência à presidência da Associação dos Municípios da Região Serrana – Amures. O compromisso prévio que tinha com seu vice, Ilton Luiz Machado de entregar o comando da prefeitura no último ano, foi antecipado por conta da debilidade de saúde que enfrenta Macari.

Ele assinou a renúncia numa assembléia geral em que participaram os 18 prefeitos da Serra Catarinense, às 10 horas, na sede da Amures. Em seu lugar assumiu o primeiro vice-presidente da Amures, prefeito de Palmeira, Osni Francisco de Souza. "Vou dar continuação a todos os projetos desencadeados por Macari e nosso maior desafio é manter a região unida em torno dos projetos regionais", disse o novo presidente.

Macari liderou grandes projetos na AMURES
Presidente da ASSOCIAÇÃO DOS MUNICÍPIOS DA REGIÃO SERRANA – AMURES, desde 24 de fevereiro de 2011, Rivaldo Antônio Macari entra para a galeria de ex-presidentes da associação como uma das maiores personalidades. Sua trajetória política e pessoal é marcada por superações e exemplos de vida.

Rivaldo Macari é graduado em Direito e desempenhou atividades como Promotor Público até 1987, quando se elegeu deputado estadual. Foi reeleito em 1994 e conquistou uma cadeira de deputado federal em 1995. Cumpriu mandato até 1998. Em seu currículo, Macari também desempenhou função de Secretário de Estado da Justiça e Cidadania e duas vezes e foi Secretário de Estado da Segurança Pública.

Prefeito eleito de Bom Jardim da Serra em 2004 foi reeleito em 2008 e renuncia nesta quarta-feira (31), às 10 horas cumprindo um acordo prévio com seu vice, Ilton Luiz Machado. No sábado (27) de agosto, Macari completou 61 anos e se despede da AMURES lutando pela vida. Ele se submeteu a três cirurgias nos últimos meses e precisará de mais uma intervenção cirúrgica.

Uma de suas principais bandeiras foi barrar o projeto federal dos Campos de Altitude, que tornava a região serrana imprópria à atividade agrícola. Também liderou o movimento pela implantação da hidrelétrica Paiquerê e a ligação asfáltica da Serra Catarinense a Serra Gaúcha. Projeto em execução atualmente com obras na denominada BJ-050.
Mas um de seus maiores legados é o Programa de Acessibilidade que permite um levantamento completo nos 18 municípios da AMURES, sobre a real situação dos passeios públicos. Com a renúncia de Macari assume a AMURES, o prefeito de Palmeira, Osni Francisco de Souza.

Programa de Acessibilidade começa sair do papel
Numa iniciativa do presidente da Amures, Rivaldo Macari com apoio do prefeito de Lages, Renato Nunes de Oliveira, a Associação dos Municípios da Região Serrana – AMURES acionou seu Departamento de Engenharia e Arquitetura e o Fórum de Assistência Social para construir uma proposta com vistas ao co-financiamento e implantação nos municípios, do Programa Nacional de Acessibilidade.

Há dois meses uma equipe técnica está percorrendo os municípios e realizando levantamento de campo sobre a real situação de acessibilidade nos passeios públicos. Até o momento foram concluídos diagnósticos em nove municípios: Bocaina do Sul, Bom Jardim da Serra, Capão Alto, Cerro Negro, Painel, Palmeira, Ponte Alta, Rio Rufino e Urupema.
Neste primeiro levantamento compreende identificar e mapear todas as ruas cujas calçadas não possuem nenhum tipo de benfeitoria. Mais de 140 quilômetros de futuras calçadas já foram identificadas em cerca de 240 ruas.

O levantamento se concentrará agora nos municípios de São José do Cerrito e depois em Campo Belo do Sul. Ao todo 87 quilômetros de ruas precisam de calçadas com acessibilidade nos municípios até agora apurados no levantamento. O grupo técnico de sete profissionais é vinculado a cursos de Edificações e Engenharia Civil e está custeado pela prefeitura de Lages e de acordo com Rivaldo Macari é uma parceria que vem dando certo. "A Amures custeia o transporte e alimentação e a prefeitura a remuneração", observa Macari.

Além de apurar todos os aspectos de acessibilidade, de acordo com as normas técnicas prescritas pelo Ministério das Cidades, a equipe faz um pré-levantamento orçamentário dos passeios públicos. Até agora já foram identificadas a necessidade de investimento de mais de R$ 280 mil para recuperação de calçadas em nove municípios. O que busca a Amures é dar um primeiro passo para que haja acessibilidade às pessoas com restrição de mobilidade e com deficiência física e sensorial, com a implantação de infra-estrutura que garanta a circulação nas cidades e também a inclusão no mercado de trabalho.

Muitos locais precisam de adequação
Num segundo momento, o Programa de Acessibilidade embrenhará no diagnóstico das ruas que já possuem calçadas, mas estão em desacordo com as normas técnicas. Assim como identificará também todos os pontos, prédios públicos, de caráter público e privados da região que precisam implantar áreas de acessibilidade.
A questão da acessibilidade das pessoas com deficiência ao mercado de trabalho e a educação é um fato consolidado na legislação e nas Políticas Sociais do Governo Federal e Estadual. O coordenador do levantamento de campo, Homero Ramos Duarte, acredita que até final do ano terá concluída a primeira etapa do levantamento nos 18 municípios da Amures.

Ele observa que dependendo das condições do tempo será determinada a velocidade do levantamento por ser um trabalho em local aberto. Em Lages, por exemplo, em onze bairros já foram concluídos os pontos que precisam de acessibilidade. São os bairros: Santa Cândida, Beatriz, Frei Rogério, Gralha Azul, São Francisco, São Paulo, São Pedro, Vila Comboni, Petrópolis, São Miguel e Penha.

Levantamento inédito na região e no Estado
O trabalho que está sendo realizando pela Amures em termos de acessibilidade na Serra Catarinense é inédito no Estado. Sem pressa, mas com profundidade o levantamento identificou, por exemplo, que 63 ruas em Ponte Alta não possuem nenhuma benfeitoria favorável à acessibilidade. O bairro Petrópolis é outro que têm em seus limites 68 ruas desprovidas de calçadas.

Na segunda etapa, o Programa de Acessibilidade permitirá aos municípios elabora seus planos de ações, compatíveis com o Plano Diretor de Mobilidade, com os conceitos de acessibilidade e do desenho universal compreendendo a alteração da legislação municipal necessária para a eliminação de barreiras e também evitar-se a construção de novas barreiras.

Na terceira etapa, serão elaborados os projetos executivos e realizadas as intervenções propostas no plano de ação, buscando fontes de financiamento nas esferas estadual e federal.

Fonte: Onéris Lopes
Assessoria de Imprensa AMURES