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Servidores públicos esclarecem dúvidas sobre licitação pública em curso da FECAM

Servidores públicos esclarecem dúvidas sobre licitação pública em curso da FECAM

Servidores públicos esclarecem dúvidas sobre licitação pública em curso da FECAM 600 401 Fecam Portal

Dayane Nunes
ASCOM/FECAM 

O planejamento das compras municipais foi apontado pelo palestrante Joel de Menezes Niebuhr como o principal fator para garantir preço baixo e qualidade nos produtos e serviços adquiridos pelas administrações públicas. Estas e outras orientações foram apresentadas hoje (24), no Curso Avançado de Licitação Pública, realizado pela Federação Catarinense de Municípios (FECAM), no auditório do Conselho Regional de Contabilidade (CRC/SC), em Florianópolis. Mais de 165 servidores públicos de todo o Estado, entre eles pregoeiros, membros e presidentes dos setores de compras, contadores e assessores jurídicos esclarecem suas dúvidas sobre questões polêmicas sobre licitação, Estatuto das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, contratação direta e registro de preços até nesta sexta-feira (25). O curso aborda 21 questionamentos pontuais sobre licitação pública.

A compra de bens e a aquisição de serviços pela administração pública são realizadas por meio de licitação pública. Este processo compreende o planejamento, a licitação, a execução do contrato e a satisfação do interesse público.

O palestrante explica que o processo de compra deve priorizar a qualidade, o preço e a celeridade. Entretanto, a grande dificuldade das prefeituras está no planejamento, que garante qualidade e preço baixo. "Para garantir qualidade nas contratações, durante a fase do planejamento deve ser feito uma análise crítica das licitações e contratos anteriores, interação entre os setores da prefeitura, identificação da demanda, pesquisa e identificação das possíveis soluções. É fundamental também que haja um diálogo entre o responsável pela licitação e o técnico que utilizará o bem ou serviço, para licitar o produto com as devidas especificidades", disse.

Menezes também apresentou o que é facultado e o que é vedado exigir nos editais de licitação, por exemplo, o município não pode exigir marca de produto, que o fabricante seja de determinada região e nem que para participar da licitação a empresa tenha ISO 9000.

Em relação ao preço baixo, o palestrante destacou que a administração pública ainda paga mais caro que a iniciativa privada e que o grau de insegurança dos fornecedores é maior.  "Para garantir que o município consiga obter preços mais vantajosos, é preciso que o município honre com seus compromissos, aproveite a economia em escala, ou seja, realize as compras para todas as secretarias e que o agente público saiba o valor no mercado", disse.

Outro tema em debate foi a regularidade fiscal e o direito de preferência concedido às microempresas e empresas de pequeno porte, exigido pela Lei Complementar 123/06, que deve ser adotado pelas prefeituras nos processos licitatórios.

O palestrante Joel de Menezes Niebuhr é consultor jurídico da FECAM. Doutor em Direito Administrativo pela PUC/SP. Além de ser autor de diversos livros sobre Licitações Públicas e de artigos especializados.